sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Avaliação de 4 anos da Geringonça (6)



Como se "compram" votos ou como quem está no governo ganha eleições

Num destes dias fiquei estarrecido. Um meu familiar, que trabalha na Administração Pública, que considero pessoa politicamente coerente e que habitualmente vota no PSD, disse-me com a maior das calmas e descontracção:
- Eu vou votar no Costa.

- Votar no Costa? Perguntei eu surpreendido, mas porquê?
A resposta foi curta e objectiva:
- Porque ele me deu menos uma hora de trabalho por dia e isso dá-me bastante jeito.
Não respondi. Não concordava, mas não valeria a pena resposta. Antes fazer uma reflexão sobre o que se tornou a democracia portuguesa:  


Como escrevi no artigo anterior, no final de 2015 quando terminou a legislatura anterior do governo de Passos Coelho, na Administração Pública (cerca de 660 000 trabalhadores), trabalhava-se cerca de 26,5 milhões de horas por semana, ou seja, cerca de 1 378 milhões de horas/ano. Por esse trabalho os contribuintes portugueses pagaram, nesse mesmo ano, 20 316 milhões de euros. Quer isto dizer que, em 2015, cada hora de trabalho na Administração Pública, custou aos contribuintes aproximadamente 14,7 euros;

Em 2019, estima-se que, os 690 000 trabalhadores da Administração Pública (mais 30 000 que em 2015), trabalhem apenas 24,1 milhões de horas/semana, ou sejam cerca de 1 253 milhões de horas durante o ano de 2019. Por essas horas de trabalho os contribuintes pagarão cerca de 22 000 mil milhões de euros (talvez um pouco mais). Quer isto dizer que em 2019, cada hora de trabalho irá custar cerca de 17,6 euros.
Resumindo, em 2019 os contribuintes portugueses, pagarão em média, mais 3 euros por hora de trabalho na Administração Pública do que em 2015. Quase mais 20% no valor hora.

Melhorou a qualidade dos serviços prestados na Administração Pública Portuguesa? Respondam domingo os eleitores...

Percebe-se assim, como aos governos é fácil ganhar eleições, ao beneficiar, desta forma, um universo de cerca de 700 mil votantes. Mas com o dinheiro dos contribuintes...

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Avaliação de 4 anos da Geringonça (5)



A degradação de serviços na Administração Pública

Em princípio de 2016, após a tomada de posse do governo da “geringonça”, trabalhavam na Administração Pública, de acordo com as estatísticas do emprego público, cerca de 660 000 mil trabalhadores.

O horário de cada trabalhador era de 40 horas/semana, o que, de grosso modo, representava na totalidade de horas (660 000 x40), cerca de 26 400 000 de horas/semana.

Uma das primeiras medidas do governo “geringoncico” foi reduzir o horário semanal de 40 para 35 horas semanais. O que quer dizer que, de imediato, a Administração Pública passou a contar com menos 3 300 000 horas por semana.

Nada contra a medida, quem governa é que sabe. No entanto, se a aritmética ainda é uma coisa exacta, para cobrir essa redução desse horário (para que ficasse o mesmo nº de horas) o governo deveria ter contratado, ao longo da legislatura, cerca de 94 000 trabalhadores (3 300 000 horas/35 horas).

Actualmente, dados de Julho de 2019, o nº de trabalhadores da Administração Pública é de cerca de 690 000. Isto é, apenas mais 30 000 trabalhadores do que em 2016. O que quer dizer que para se ter o mesmo nº de horas de trabalho que no princípio de 2016, era preciso contratar mais 65 000 trabalhadores.

Percebem agora porque é que os serviços públicos estão pelas horas da amargura e piores do que há 4 anos...

Nota: Claro que muitos questionarão se a Administração Pública precisa de tanta gente, mas isso é outra conversa...




quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Avaliação de 4 anos da Geringonça (4)


- Investimento Público entre 2016 e 2019 (Governo das esquerdas): Aproximadamente 14,5 mil milhões de euros (A avaliação de 2019 ainda não é conhecida, mas rondará os 4 mil milhões).

- Investimento Público entre 2012 e 2015 (período de intervenção da Troika): Cerca de 16 mil milhões de euros.

(Fonte Pordata)

Avaliação de 4 anos da Geringonça (3)


Dívida Pública:

No início da Legislatura "geringôncica" em 2016 a dívida pública era de 235.7 mil milhões de euros. Nesta altura é de 252,1 mil milhões de euros.

Isto é, em 4 anos a dívida pública aumentou cerca de 17 mil milhões de euros. Mas os "artistas" Costa/Centeno querem fazer crer que a dita baixou!

Avaliação de 4 anos da Geringonça (2)


O caso de roubo de armas de Tancos: António Costa diz que não sabia de nada, não viu nada, não ouviu nada e ninguém lhe disse nada...


Avaliação de 4 anos da Geringonça (1)


«Havia 22% de trabalho precário em 2015, há 22% de trabalho precário em 2019»

(Catarina Martins, 26/9/2019, em campanha eleitoral em Faro)