domingo, 8 de março de 2015

Ó Laura, no dia da mulher, diz ao Pedro que peça desculpa aos portugueses...


Na verdade e, em verdade vos digo, o tal cidadão imperfeito, Pedro Passos Coelho, desligado do poder e assoberbado por dilemas morais, dificuldades de conhecimento e cumprimento da lei, é uma ficção. Não existe. O que temos é alguém que, eleito para representar o povo, se marimbava para o cumprimento das regras que ele próprio discutiu e/ou aprovou.

Isto não é diferente do que se passa com a maior parte daqueles que elegemos da direita à esquerda, nesta democracia da treta. Veja-se o caso de todas as regras de privilégios sobre direitos dos Deputados e Regulamentos da Assembleia da República, que são sempre aprovados por unanimidade! Alguém se lembra de algum deputado do PCP ou Bloco a dizer que são uns cidadãos favorecidos, ou a rejeitar alguma mordomia?

O que Pedro Passos Coelho fez é lamentável para um cidadão com o seu percurso. Eticamente é deplorável. Passos deve um pedido de desculpas a todos os portugueses.

Mas também a maioria dos portugueses já entrou em prevaricações destas. O Estado é para explorar, tem sido a divisa. Podem argumentar que não são governantes, nem primeiro – ministro, mas todos somos cidadãos, e o “crime” de Passos Coelho é na área da ética e da cidadania.

Mas onde estão esses tais cidadãos perfeitos? Quem estiver limpinho (mas mesmo limpinho), que atire a primeira pedra...



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