O que hoje sinto, como português, é uma autêntica desilusão pelo estado a que chegou este nosso Portugal, mas sobretudo, pelo que nos espera no futuro imediato, e constatar ainda, que praticamente, não nos restava outra alternativa.
O "resgate" do FMI é um verdadeiro atentado às soberanias nacionais, como aliás se confirma na Irlanda e na Grécia, onde as pessoas dizem que estão a perder o que tanto custou conquistar. Estes termos que por aí navegam, tais como “ajuda externa” ou “resgate”, deveriam ser imediatamente banidos do nosso vocabulário, pois o que nos espera é uma verdadeira INTERVENÇÃO EXTERNA.
Tradicionalmente, "resgate" é o dinheiro que se paga para libertar alguém que tenha sido aprisionado por outrem. No entanto, o que pode verificar, nesses países em que essa “ajuda ou resgate” está em curso (Grécia e Irlanda), é que esse pretenso "resgate" corresponde, na prática, a uma verdadeira prisão, sendo especialmente atingidas as classes mais baixas com cortes violentíssimos nos salários, aumentos brutais de impostos, e tudo isto sem que a desconfiança dos mercados seja minimamente aliviada, pois as taxas de juro mantêm-se a níveis altíssimos, como parece que hoje continua a acontecer em Portugal, apesar do anúncio de ontem.
Quer-se fazer crer, que a vinda do FMI a Portugal em 1983 não foi problema. Pois eu, lembro-me bem da vinda do FMI em 1983, que teve como medidas emblemáticas o corte do subsídio de Natal retirado através de um imposto extraordinário e retroactivo, e a fome que na altura assolou o país (sobretudo na península de Setúbal), sendo confrangedora a situação de miséria que víamos atingir cada vez mais pessoas, e só não foi mais catastrófico, porque em 1986 entrámos na CEE (o nosso ouro do Brasil do século XX).
Que ninguém se iluda, o que por aí vem, é que vai ser a verdadeira CRISE, que nos vai por a viver com aquilo que produzimos, e isso, sejamos honestos, é muito pouco. Os números não enganam, apesar dos fundos comunitários que continuam a entrar em Portugal (que desperdiçamos com investimentos que não interessam nem ao menino Jesus), todos os anos aumentamos, em pelo menos 10%, a nossa dívida externa.
O que se deve questionar é que culpa têm a classe média e baixa (quando há prémios são para os gestores), para terem que suportar as medidas de austeridade. Não deveriam ser aqueles que deixaram irresponsavelmente acumular os défices públicos e privados que os deveriam pagar?
Passos Coelho disse ontem, que "o País não pode ser tomado pela responsabilização da culpa".
Pois eu acho precisamente o contrário: que pode e deve ser tomado por essa responsabilização. É precisamente nos julgamentos eleitorais que os políticos devem prestar contas dos seus actos.
Eu por mim tudo farei para, neste espaço, dar a conhecer o pouco que vou sabendo e não aceito as “peias” do esquecimento e da não inscrição, de que o “português” tanto gosta.
O "resgate" do FMI é um verdadeiro atentado às soberanias nacionais, como aliás se confirma na Irlanda e na Grécia, onde as pessoas dizem que estão a perder o que tanto custou conquistar. Estes termos que por aí navegam, tais como “ajuda externa” ou “resgate”, deveriam ser imediatamente banidos do nosso vocabulário, pois o que nos espera é uma verdadeira INTERVENÇÃO EXTERNA.
Tradicionalmente, "resgate" é o dinheiro que se paga para libertar alguém que tenha sido aprisionado por outrem. No entanto, o que pode verificar, nesses países em que essa “ajuda ou resgate” está em curso (Grécia e Irlanda), é que esse pretenso "resgate" corresponde, na prática, a uma verdadeira prisão, sendo especialmente atingidas as classes mais baixas com cortes violentíssimos nos salários, aumentos brutais de impostos, e tudo isto sem que a desconfiança dos mercados seja minimamente aliviada, pois as taxas de juro mantêm-se a níveis altíssimos, como parece que hoje continua a acontecer em Portugal, apesar do anúncio de ontem.
Quer-se fazer crer, que a vinda do FMI a Portugal em 1983 não foi problema. Pois eu, lembro-me bem da vinda do FMI em 1983, que teve como medidas emblemáticas o corte do subsídio de Natal retirado através de um imposto extraordinário e retroactivo, e a fome que na altura assolou o país (sobretudo na península de Setúbal), sendo confrangedora a situação de miséria que víamos atingir cada vez mais pessoas, e só não foi mais catastrófico, porque em 1986 entrámos na CEE (o nosso ouro do Brasil do século XX).
Que ninguém se iluda, o que por aí vem, é que vai ser a verdadeira CRISE, que nos vai por a viver com aquilo que produzimos, e isso, sejamos honestos, é muito pouco. Os números não enganam, apesar dos fundos comunitários que continuam a entrar em Portugal (que desperdiçamos com investimentos que não interessam nem ao menino Jesus), todos os anos aumentamos, em pelo menos 10%, a nossa dívida externa.
O que se deve questionar é que culpa têm a classe média e baixa (quando há prémios são para os gestores), para terem que suportar as medidas de austeridade. Não deveriam ser aqueles que deixaram irresponsavelmente acumular os défices públicos e privados que os deveriam pagar?
Passos Coelho disse ontem, que "o País não pode ser tomado pela responsabilização da culpa".
Pois eu acho precisamente o contrário: que pode e deve ser tomado por essa responsabilização. É precisamente nos julgamentos eleitorais que os políticos devem prestar contas dos seus actos.
Eu por mim tudo farei para, neste espaço, dar a conhecer o pouco que vou sabendo e não aceito as “peias” do esquecimento e da não inscrição, de que o “português” tanto gosta.
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