sábado, 23 de abril de 2011

O Manel mais a Maria, depois da garrafa de "Casal Garcia"...

Telmo do "big brother" candidato a deputado????

Isso mesmo "Camaradas", o Telmo é candidato a deputado pelo PS, e pelo círculo eleitoral de Leiria.

Qual nobre, qual carapuça, isto é que é "quolidade"...



quinta-feira, 21 de abril de 2011

S.O.S.!!!!


- Existem programas para deixar de fumar....
- Existem programas para deixar de beber...
- Existem programas para deixar de engordar....
- Existem programas para deixar as drogas....
- Há quem mude de política como quem muda de camisa...
- Até há quem deixe de acreditar em deus, depois de ser crente...

Alguém conhece, me aconselha, ou ajuda com um “programa” para mudar de CLUBE!!!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O pior cancro dos próximos anos...

Numa altura em que o spin socrático, coadjuvado por boa parte do aparelho mediático deste país, tenta criar um clima eleitoral em que a governação socialista não seja avaliada, é importante mostrar os factos. Hoje é consensual que as parcerias público-privadas foram negócios ruinosos para o Estado português. E quem é que as realizou?




De acordo com o Jonal "SOL" desta semana, " Uma factura de 9,5 mil milhões de euros para pagar durante os quatro anos de mandato do próximo Governo, entre 2011 e 2015. É um 'presente' que o primeiro-ministro José Sócrates deixa ao próximo governo.

O montante suficiente para construir dois novos aeroportos em Alcochete, é a soma dos encargos com as rendas das parcerias público-privadas (PPP) que o Estado terá de assumir até 2015, de acordo com um relatório sobre as mesmas elaborado por uma instituição financeira, ao qual o SOL teve acesso.

Mais de dois terços - 6,5 mil milhões de euros - deste valor dizem respeito às PPP rodoviárias. As sete vias SCUT, construídas durante o último Governo socialista de António Guterres, e as nove concessões rodoviárias lançadas desde que José Sócrates chegou ao poder, em 2005, são as culpadas pela dimensão dos encargos financeiros, entre as quais está parte da tão badalada auto-estrada cor-de-rosa (uma nova auto-estrada entre o Porto e Lisboa).."

Ajuda???

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A unidade do PS: a noite das "facas-longas" prepara-se...

Novas gravatas para este PS
14-03-2011




A antiga deputada socialista, Marta Rebelo, analisa o PS actual no pós-congresso de Matosinhos.

"De gravata cor-de-rosa “PS-fushia”, em rigor cromático – polegar pronto a elevar o moral, teleponto de lente cristalina sem lugar a enganos mas engasgos de emoção, o líder pergunta se estão com ele. E em apoteose estão todos.

Todos se convencem que dia 5 de Junho chegará a vitória. O FMI passa a ser sigla desconhecida e o PSD a besta, numa amnésia colectiva de euforia telegénica produzida pelo maior realizador e protagonista da era mediática da política nacional: José Sócrates, senhoras e senhores. Chegou, discursou, venceu? Não. Mas na bolha da Exponor e até às 14h de domingo passado todos queriam tanto que sim."


Fui delegada de sofá (por doença grave), o que me concedeu o distanciamento necessário para analisar aquelas pessoas. Muitas fazem parte do meu quotidiano há tantos, muitos anos. Sou leal, não sou cega. E foi muito mais fácil colocá-los no divã em frente ao meu sofá, tomar-lhes o pulso aos pecados e antever-lhes as vontades recalcadas, com a TV a intermediar-nos o encontro.

Sejamos verdadeiros: o que é que há para salvar? Nem a face.


Vencer as legislativas é ganhar uma carga de trabalhos, a gestão da bancarrota e ter o triste contentamento de ser eleito pelos que votarão encolhendo os ombros enquanto a caneta faz a cruz.

As sondagens são cruéis: quem vier a seguir, será tão mau quanto quem está. Mas o poder é uma vertigem de loucura, vício e ilusão da possibilidade do salvamento constante. E em euforia estudada, quase acreditando nela, estava lá a constelação dos maiores: José Sócrates, António José Seguro, António Costa, Francisco Assis.

Depois, porque a união foi cozida com linha de pesca, da que não quebra senão mordida por um tubarão – e o único que tínhamos retirou-se, Jaime Gama – estavam Carlos César, Manuel Alegre, Ferro Rodrigues. E Edite Estrela a organizar os «peço a palavra» a Almeida Santos, o que valeu a Ana Gomes ser enxotada para a meia-noite de sábado e o pavilhão vazio. Erro – e este PS não costuma fazer destes: as TV´s só queriam uma voz dissonante. Mesmo sem gravata de cor estudada, Ana Gomes teve quase tanto palco quanto Sócrates.

Mas vamos ao futuro. E depois do adeus, o que faziam eles ali?

Primeiro é preciso que haja adeus do grande líder. Sócrates é dos que cai de pé. Não bebe cicuta, fareja-a à distância. Vai a eleições. Perde-as, mas por uma unha negra. E quero ver Cavaco a obrigá-lo a retirar-se para outras pistas de sky para possibilitar o bloco central de todos. O homem da esquerda moderna pode bem ganhá-las por uma unha negra, e o imbróglio não muda de figura. Mas muda a vida interna do PS.

Seguro respira já os ares do próximo congresso, que muitos dizem ser dentro de três meses. Será eleito, pois claro. Na surdina, nos bastidores, a fazer a sua cama com lençóis de algodão egípcio desde 2004, tecido pelos melhores artesões do aparelho socialista, não acredito que alguém vença To-zé.

Tal como não lhe antevejo qualquer feito relevante. Não sabe escolher gravatas nem combinar-lhes as cores. Fala pouco, não vá comprometer-se. No congresso, dirigia-se aos jornalistas dizendo lugares comuns como um jogador da bola no “flash interview”.
Não me identifico com gente que só faz e fala em off, para evitar o compromisso.

António José Seguro é o amante que anda com a caixa do solitário no bolso há anos, à espera do momento propício para fazer o pedido sem correr o risco da noiva dizer que não. Calculismo é só forma, e por mais quilates que o diamante tenha não há gemas perfeitas. Pode viabilizar o bloco central? Pode. Vai ser Secretário-Geral do PS? Vai. Um dia Guterres, num momento intimo a quatro, prognosticou que Seguro faria a liderança da esquerda do PS. E como anda há tanto tempo a preparar-se, é seguramente impoluto. Encontrem-lhe lá a careca, desafio-vos. Encontrem-lhe lá o génio ou as ideias, peço-vos.

Se, e só se, daqui a três meses se repetir o conclave socialista, Francisco Assis, atira-se ao caminho de Seguro. Perde, mas como provou em Felgueiras, não tem medo nenhum de levar tareia e tem tempo. É determinado, este nosso povo gosta mais dos fortes do que dos das falinhas mansas, como Seguro. Não tem o aparelho do PS em todo o seu esplendor, mas tem os que vêm minando a vida a António José e se preparam para lhe dar guerra.

Tem os que ainda acharem que devem alguma coisa a Sócrates, que tem com António José um ódio mútuo de décadas – mas esses serão tão poucos, num partido as dívidas eclipsam-se todas na má sorte. Tem uma certa continuidade do “status quo”, sem estar demasiado comprometido com o dito. Tem fibra própria, imagino-lhe um pequeno-almoço menos metódico do que o de To-zé, que se atira voraz às fibras dos cereais saudáveis para o corpo e a mente todas as manhãs. Só que é aqui que Seguro é impossível de bater: no método, na organização, na espera. Nem precisa de esticar muito as pernas quando descansa de esperar sentado.

Depois o eterno amado António Costa. No PS sempre me disseram «costista». Estes alinhamentos lembram-me a «cosa nostra», mas tenho uma admiração assumida pelo edil de Lisboa que me vem ainda da menoridade. Hoje ouso dizer que os “timmings” vão estando contra ele. E que está errado se vê com solidez a mudança directa dos Paços do Concelho para o Palácio de Belém, à semelhança do seu mentor Sampaio. António, precisa de escolher a cor de gravata certa para o palco adequado, e esticar o tempo como num jogo de xadrez. Xeque-mate?

Manuel Alegre, porque era preciso, foi morder a mão do PCP e do BE, que lhe deu de comer e uma bela indigestão em Janeiro; Ferro Rodrigues voltou, é um homem bom e nestes anos chamou os bois pelos nomes; Carlos César é determinante. Porém não sei que vento ou casamento virá dos Açores.

César não gosta de Sócrates, isso um leigo percebe. Foi alegrista, como poucos, atentando contra a moderação lisboeta; disse à porta do Congresso que o governo cometeu erros e identificou-os: demorou demasiado tempo a reconhecer a existência da crise, a «internalizá-la», foi demasiado keynesiano e a estratégia falhou. Depois, debaixo dos holofotes, disse como os outros, «Zé, estou contigo».

É, como figura, mais forte do que Seguro, mas socialistamente mais insular; facilmente se entenderia com Costa, são ambos rijos; com Assis? Depende da direcção dos ventos nas Lajes. Curiosamente, disse o mesmo que Ana Gomes foi bradar a palco. Mas lá dentro, na cenografia magnificamente orquestrada alinhou pelo diapasão da unidade.

Este PS precisa de definição. Precisa o país, precisamos todos.


Estou certa de que já todos recuperaram da embriaguez do fim-de-semana. E sóbrios, esperam pelo futuro do líder. Sócrates não sucederá a Sócrates, isso todos pensam e (quase) todos anseiam.

Eu, a quem «elogiaram» como «a menina bonita do PS», «a socranete n.º 1», ou «a estrela em ascensão», respondo que a idade traz rugas; então e Edite Estrela? e as estrelas acabam cadentes... Estou desiludida, afastada e farta desta engrenagem do meu partido (vá, chamem-me o que quiserem).

Não sei se estou contigo, Zé – eu manifestante com a Geração à Rasca.

E sem humildade de plástico, não me tenho na conta de futuro de nada. Todavia, avance quem for contra Seguro, regresso com o arsenal que aprendi a reunir com todos estes. Estarei com Costa sempre. Com Assis, se for ele a avançar.

Posso porém garantir-vos que o meu arsenal não caberá nunca numa lata de salsichas nobre, daquelas pequeninas e de seis unidades, de qualidade dúbia mas que de repente geraram uma corrida às prateleiras dos supermercados.

Que partidos são estes?!


Este fim-de-semana o PS esteve ocupado numa vitória colectiva, reunido para um espectáculo de pirotecnia do mais elevado teor de unidade e de tiro ao alvo social-democrata, o criador de todas as desgraças do rating do país e, afinal, da sua paupérrima condição.

Vamos ver quem atira na lata de salsichas certa...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Veja as semelhanças...

Este foi o “artista” que enxovalhou Portugal e o Presidente Cavaco, aquando da sua visita à República Checa:


“O presidente da República Checa, Vaclav Klaus, foi visto a 'roubar' uma caneta cerimonial com pedras semi-preciosas durante uma conferência de imprensa numa visita à América Latina.”






Este é um “artista” português, que "rouba gravadores a jornalistas" digníssimo deputado da nação, eleito pelo Partido Socialista, do qual é um alto dirigente, e que volta a ser CABEÇA DE LISTA, pelo mesmo partido:



Este? É outro tipo de "artista"..., nunca foi visto a "roubar", mas mete-nos as mãos nos bolsos com uma facilidade:




Palavras para quê?...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Em nome da verdade, contra a propaganda de intoxicação...

(Um amigo fez-me chegar esta missiva, e eu como assino por baixo, vou partilhá-la convosco. Só para os menos informados, porque há por aí uns “espertes” que já conhecem isto tudo..., mas nunca será demais repetir. Digo eu!).

FOI PEDIDO O RESGATE

Por Henrique Medina Carreira.

Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país.

Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc., mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.

Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos.

Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos).

Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto:

Narrativa:
Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate.

Verdade:
Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão já teríamos taxas de juro nos 20% ou mais).

Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio. Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda. O resto é calculismo político e teatro. Como sempre fez.

Narrativa:
Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI.

Verdade:
Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem). A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates. O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado).

Narrativa:
Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo.

Verdade:
Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá).

Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma? E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto óasis em Portugal? Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança. Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas?
E todos sabemos que o engº relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo?

Narrativa:
Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário.

Verdade:
É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação). E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais.

É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade. Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas. Mais nada.

O resto é folclore para consumo interno. E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses).

Porque é que os média não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda? Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente).

Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém, ou se, é já óbvio para todos. E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui.

Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.

A problemática colocação do mastro/A problemática vinda do FMI

(A cantiga do dia)


"o louçã perdeu a joana!
o jerónimo...? o brito
o cavaco não diz nada
e para bem da maralhada
mais vale não abrir o bico...


O coelho anda tonto...
o portas já não ri!
o sócrates perdeu o norte...
e p’ra mal da nossa sorte
chamou o FMI..”.



Haja música...






A problemática colocação de um mastro
Para efeitos de efeitar a avenida
Com balões dependurados, papelinhos coloridos
Troxe o insólito sarilho à autarquia

É que esta idelidade
Agiu em conformidade
Com o gosto colossal de dois ou três

E anunciou com muito orgulho
Muita pompa e barulho
Que o maior mastro do mundo é Português
E anunciou com muito orgulho
Muita pompa e barulho
Que o maior mastro do mundo é Português

Os olhares que se pasmavam na escalada
Não alcançavam nem o meio, nem o fim
Para muitos aquele mastro é má contenção de gastos
Para outros, ele está muito bem assim

O fascínio é humano
E o que é grande em tamanho
Glorifica sempre muito quem o fez

Isto exalta uma nação
E há que dizê-lo com razão
Que o maior mastro do mundo é Português
Isto exalta uma nação
E há que dizê-lo com razão
Que o maior mastro do mundo é Português

São Pedro perdeu as chaves
Santo António o menino
São João foi pelos ares
E para mal dos seus azares
Não encontra o cordeirinho

Santo António anda tonto
São Pedro diz que não vê
São João caiu redondo
E do céu deu um tombo
Tropeçou não sabe em quê

Inquieta a multidão na avedida
Assobia por tanto ter de esperar
Mas nem bairros, nem bairristas, nem as tais marchas previstas
O espectante espectador viu desfilar

Quem se entende com altares
Diz que os santos populares
Não desfilam pelas ruas desta vez

Que nos falte a tradição
Ao menos valha a emoção
Que o maior mastro do mundo é Português
Que nos falte a tradição
Ao menos valha a emoção
Que o maior mastro do mundo é Português

Recuperados os santos dos seus maus-tratos
Os responsáveis resolveram confrontar
Escorregando pelo mastro, perguntaram cá em baixo
Que país levantou alto este pilar

Para a porta do vizinho
Toda a gente varreu lixo
Quando a culpa nos aponta e envolve

E quando toca ao país
Patriota é o que diz
Que o maior mastro do mundo é Espanhol

El postito Portugués
Solo es grandito en pequenez
Pero el maior mastro del mundo es Español

domingo, 10 de abril de 2011

"Dazk...! Quê?

Ontem, ao final do dia, ou mais concretamente, ao inicio da noite, farto da política, da crise e do futebol, resolvi fazer uma incursão numa outra paixão minha, a música.

Há dias quando passava junto do Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre, resolvi dar uma olhada aos programas para os próximos dias, logo me fixei no dia 9 de Abril, num nome “Dazkarieh”, que em tempos havia confundido como sendo um álbum da “Brigada Vítor Jara”, por ignorância pura. Enfim coisas de não especialistas...

A meio da tarde, e depois de alguma pesquisa, pensando que a coisa prometia, ainda telefonei ao meu amigo Sabi, procurando saber se ele estava a par do evento, sabendo-o apaixonado por estes fenómenos. Mas o dito, lá me despediu, referindo que não estava disponível, porque o seu grande móbil actual, é um tal projecto “a Grupa”, referindo-me ainda, com toda a paixão, “... que muito melhor do que ser espectador é ser actor”, e eu concordei. Oxalá.

Mas meu caro, não sabes o que perdeste, tu e todos aqueles que não estiveram presentes. É que apesar de ser um projecto com cerca de uma dezena de anos, não parece ser conhecido do grande público, e é pena. Para vos afilar o apetite aqui fica a sua apresentação, e a sugestão que, quando ouvirem este palavrão: “Dazkarieh”, não percam o espectáculo, vale a pena.


Quem são e o que são os "Dazkarieh":



E esta:


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Como chegámos aqui, porque chegámos, e quem são os responsáveis?

O que hoje sinto, como português, é uma autêntica desilusão pelo estado a que chegou este nosso Portugal, mas sobretudo, pelo que nos espera no futuro imediato, e constatar ainda, que praticamente, não nos restava outra alternativa.

O "resgate" do FMI é um verdadeiro atentado às soberanias nacionais, como aliás se confirma na Irlanda e na Grécia, onde as pessoas dizem que estão a perder o que tanto custou conquistar. Estes termos que por aí navegam, tais como “ajuda externa” ou “resgate”, deveriam ser imediatamente banidos do nosso vocabulário, pois o que nos espera é uma verdadeira INTERVENÇÃO EXTERNA.

Tradicionalmente, "resgate" é o dinheiro que se paga para libertar alguém que tenha sido aprisionado por outrem. No entanto, o que pode verificar, nesses países em que essa “ajuda ou resgate” está em curso (Grécia e Irlanda), é que esse pretenso "resgate" corresponde, na prática, a uma verdadeira prisão, sendo especialmente atingidas as classes mais baixas com cortes violentíssimos nos salários, aumentos brutais de impostos, e tudo isto sem que a desconfiança dos mercados seja minimamente aliviada, pois as taxas de juro mantêm-se a níveis altíssimos, como parece que hoje continua a acontecer em Portugal, apesar do anúncio de ontem.

Quer-se fazer crer, que a vinda do FMI a Portugal em 1983 não foi problema. Pois eu, lembro-me bem da vinda do FMI em 1983, que teve como medidas emblemáticas o corte do subsídio de Natal retirado através de um imposto extraordinário e retroactivo, e a fome que na altura assolou o país (sobretudo na península de Setúbal), sendo confrangedora a situação de miséria que víamos atingir cada vez mais pessoas, e só não foi mais catastrófico, porque em 1986 entrámos na CEE (o nosso ouro do Brasil do século XX).

Que ninguém se iluda, o que por aí vem, é que vai ser a verdadeira CRISE, que nos vai por a viver com aquilo que produzimos, e isso, sejamos honestos, é muito pouco. Os números não enganam, apesar dos fundos comunitários que continuam a entrar em Portugal (que desperdiçamos com investimentos que não interessam nem ao menino Jesus), todos os anos aumentamos, em pelo menos 10%, a nossa dívida externa.

O que se deve questionar é que culpa têm a classe média e baixa (quando há prémios são para os gestores), para terem que suportar as medidas de austeridade. Não deveriam ser aqueles que deixaram irresponsavelmente acumular os défices públicos e privados que os deveriam pagar?

Passos Coelho disse ontem, que "o País não pode ser tomado pela responsabilização da culpa".

Pois eu acho precisamente o contrário: que pode e deve ser tomado por essa responsabilização. É precisamente nos julgamentos eleitorais que os políticos devem prestar contas dos seus actos.

Eu por mim tudo farei para, neste espaço, dar a conhecer o pouco que vou sabendo e não aceito as “peias” do esquecimento e da não inscrição, de que o “português” tanto gosta.