As mentiras foram muitas, certamente nos próximos dias iremos ouvir falar delas, isto é: a farsa continua. Mas situemo-nos apenas numa por me parecer demasiado importante e com a qual somos continuamente bombardeados e, claro, aldrabados.
À pergunta de um
senhor jornalista sobre “como é que com tanta redução de impostos a Carga
Fiscal continuava a aumentar” todos os anos, inclusive em 2024, o senhor
ministro Fernando fofinho, saiu-se com esta pérola que, suponho, faria chumbar
qualquer aluno do 1º ano de economia.
Respondeu então
o nosso Fernando, que tal se devia ao facto de, hoje, haver mais cerca de 1
milhão de pessoas a trabalhar do que em 2016 quando o “ganda” Costa tomou posse
dos governos deste pobre país e, deste país cada vez mais pobre.
Dou de barato a
mentira de gaiato de 10 anos, como se a Carga Fiscal tivesse apenas contribuições
dos rendimentos do trabalho (IRS e Contribuições para a Segurança Social),
esquecendo o IVA (imposto que mais contribui para a Carga Fiscal) e a outra catrefada
de impostos indiretos. Por isso resolvi ir um pouco mais longe e desmascarar
estes vendedores da “banha da cobra” de pacotilha.
Vejamos então,
com números concretos de 2022, as últimas contas disponíveis (as de 2023 não serão
muito diferentes e talvez mais favoráveis à minha tese):
No Quadro em
baixo fica bem claro, em termos percentuais, qual o imposto que mais contribuiu
para o aumento da Carga Fiscal. Claro
que foi o IVA, que em 2016 representava apenas 23% do total das receitas, e em
2022 representava 25%. Quanto aos tais rendimentos do trabalho IRS e SS, eles
mantêm-se praticamente na mesma: 18,5% e 32% respectivamente, do total da Carga
Fiscal.
A pergunta que
fica ao senhor ministro “fofinho”, que tanto gosta de comparações relativas
(como sempre faz com a dívida pública), é que: se temos mais 1 milhão de pessoas a
trabalhar porque é que o IRS e as Contribuições para a Segurança Social mantêm as
mesmas percentagens?
Fica claro que
não é à conta destas rubricas que a carga fiscal sobe, mas sim dos impostos
indiretos. Mas a malta gosta.
Este “artista”
dá uma bolota (IRS) e, a seguir, vem buscar um porco gordo (IVA)!
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