segunda-feira, 13 de abril de 2020

Diário de uma pandemia: 18 de Março de 2020


Pois é...

« - No auge da epidemia da febre amarela que ceifou a vida a milhares de portugueses, entre 1857 e 1858, o Rei D. Pedro V permaneceu sempre no seu posto, visitando e consolando, nos vários hospitais, as vítimas da doença.
- D. Carlos morreu no cumprimento do seu dever. Marcelo escondeu-se em casa!
D. Carlos, quando aconselhado pelo seu ajudante de campo a resguardar-se, respondeu-lhe por escrito: “Tu julgas que eu ignoro o perigo em que ando? No estado de excitação em que se acham os ânimos, qualquer dia matam-me à esquina de uma rua. Mas, que queres tu que eu faça? Se me metesse em casa, se não saísse, provocaria um grande descalabro. Seria a bancarrota. E que ideia fariam de mim os estrangeiros, se vissem o rei impedido de sair? Seria o descrédito. Eu, fazendo o que faço, mostro que há sossego no País e que têm respeito pela minha pessoa. Cumpro o meu dever. Os outros que cumpram o seu.”»


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