domingo, 23 de dezembro de 2007

EDITORIAL



A “Retórica bugalhónica”, pretende ser um espaço de reflexão pessoal do seu autor.
Uma reflexão sobre as minhas ideias, as minhas experiências de vida, as minhas vivências, as minhas interacções com aqueles que me rodeiam, e que, numa ou outra situação, comigo se cruzaram, nesta pequena caminhada que é a vida.
Sendo assim, não tenho a intenção de escrever apenas para mim próprio, se assim pretendesse, escreveria um “diário íntimo”.
A minha finalidade, é que este espaço sirva, para além de divulgar a minha maneira de ver o mundo, que seja um local de partilha e de troca, sobretudo, com os meus amigos, mas também, com todos aqueles que se revejam nos valores e ideais que mais à frente enunciarei e que por mero acaso entrem neste espaço. Por isso aguardo a vossa participação no espaço de “comentários”.

“Retórica bugalhónica”, Porquê o nome?
Não sei, tal como não sei porque que me chamo João. Sei apenas que foi o nome que me deram, penso que os meus padrinhos. E o Sabi, como padrinho deste espaço, assim lhe chamou. Nunca lhe perguntei porquê, mas ele deve sabe-lo.

Na “Retórica bugalhónica”, não existirão temas “tabu” da política ao desporto, da poesia à musica, da vida em sociedade à sexualidade, da saúde ao consumo de drogas, do amor à felicidade, da televisão à literatura, etc, etc.
A excepção será o “ataque pessoal”.
A iniciativa pode tanto ser minha, como de qualquer um de vós, que queira propor um tema e o traga para a discussão.

A “Retórica bugalhónica”, é um espaço de Liberdade, um dos meus Valores fundamentais, apenas superado pelo da Justiça. Sem Justiça a vida em sociedade não faz sentido e uma sociedade sem Justiça, torna-se uma sociedade ao sabor dos mais fortes e dos mais poderosos.
Os outros Valores que aqui gostaria de ver respeitados são: O respeito pela Pessoa humana, como valor em si mesmo; a dignidade; a tolerância; a igualdade; a fraternidade; a coragem; e alguma democracia.

A “Retórica bugalhónica”, Não pretende ser um espaço de intelectuais perfeccionistas, aqui todos poderão entrar desde que se identifiquem e respeitem as ideias dos outros, mesmo que com elas não concordem. Pretende-se, essencialmente, um espaço de aprendizagem e troca.

A “Retórica bugalhónica”, não terá periodicidade, nem lógica sobre os temas, eles aparecerão conforme a disponibilidade e a inspiração do momento.

A “Retórica bugalhónica”, não será estanque. Poderá evoluir para um espaço colectivo (mais do que um gestor) se tal se vier a verificar útil, assim como a sua denominação, pois a “sua marca” actual, não se encontra “registada”.

A “Retórica bugalhónica”, não pretende roubar, copiar, nem fazer mal a ninguém.. este espaço, embora simples, terá que valer por si. Ou então morrerá, tal como nasceu, sem deixar bens nem dívidas aos seus herdeiros.

João Bugalhão

2 comentários:

Bonito disse...

Parabéns pelo nascimento deste espaço!

Nasceu, verdadeiramente, hoje: a 23! Tal como o Miguelito, o filhote do outro amigo Jony (parabéns). Mais um bocadinho e nascia a 25 e, então, teria uma conotação religiosa! Ainda bem que não tem! Desta forma, será um espaço laico!

Será, então, para todos!

Entro já no “baile” por duas razões:

1º – Pelo autor. Amigo de longa data. Organizado e pragmático (como esta apresentação testemunha), profissional, leal, polémico, pouco simpático (e, também, por isso nada hipócrita) e frontal… sobretudo frontal!

2º – Pela imagem escolhida!

Sobre o primeiro ponto nada mais direi. Penso que fui claro! Sobre o segundo tenho algo a acrescentar!

Nos meus primeiros passos no actual trabalho, ainda em formação inicial, vivi uma situação que me marcou: O formador incutia-nos o espírito que para se ser bom comercial era fundamental perceber que cada interlocutor era único, marcado pelas suas vivências. E, por isso, seria essencial perceber as suas necessidades particulares e adaptar a nossa linguagem (a nossa “actuação”) a cada um, individualmente.

A certa altura pediu-me que saísse da sala. Eu saí. Alguns minutos depois chamou-me e solicitou-me que me dirigisse a um quadro, com grandes folhas de papel, e que desenhasse o “HORIZONTE”.

Tacanhamente, ao meu jeito, desenhei uma montanha e, no cimo dessa montanha, um castelo (no fundo, tentei desenhar a imagem, agora, escolhida para esta apresentação)

Senti um burburinho na sala. Pensei que o mesmo se devia à minha falta de jeito para o desenho! Mas, não. O formador mostrou-me, então, o desenho feito por uma colega, na minha ausência: Era o mar e, sobre ele, algumas gaivotas.

A colega era algarvia, natural de Lagos ou Portimão. Já não sei precisar!

Quero com isto dizer que partilho o “horizonte” que marcou a minha infância com o do autor. Desta forma, já temos algo em comum!

Contudo, esta imagem poder-nos-á levar mais longe: Todos os marvanenses tiveram como “horizonte” de infância um grande e extraordinário “morro” com um altaneiro castelo. E isso marcou-os! Mas, esse “morro” ganha formas diversas consoante a localização de cada um no Concelho. E, infelizmente, isso também marcou, profundamente, os marvanenses!

O “morro” e o seu castelo altaneiro, não podendo ser um ponto de aglutinação de vontades, potenciou, nas suas diferentes perspectivas, uma clivagem nas mentalidades e, por isso, um atraso que, espero, não se torne irrecuperável…

Grande abraço

Bonito Dias

Luís Bugalhão disse...

bom, não sei

se diga parabéns, se comece já a botar abaixo;

se me sinta orgulhoso pelo meu 'mano velho' (tenho dois, mas tu és buga como eu, de nome, de genes, de (mau) feitio, de voluntarismo, de ...), se comece já a gozar com a foto que encima a coisa;

se elogie a declaração de princípios, se goze com o tom sério com que quer descartar intelectualices e ataques pessoais.

acho que não vou dizer absolutamente nada a não ser:

vamos à retórica e depressa. arranja-me uma cadeira ao pé de ti pf, uma que dê para nos olharmos de frente, que eu quero estar sempre nesta sala da má língua...

ah... já agora, os tais parabéns que disse que não dava.

ps. ó bonito, estou cheio de inveja de teres sido o 1º a cá vir. e embora concorde com a indelével marca que Marvão deixa nas almas de qq marvanense, não posso deixar de dizer que o j. buga é um e/imigrante e que, tal cm ele já explicou noutra (ou NA OUTRA) tasca, foi essa condição itinerante que o fez também. e eu sei do que é que estou a falar, pois foi ele (e o outro mano velho tb, mas esse é lagarto), em tempos de emigração no cacém, que me levou pela 1ª vez à catedral ver o glorioso, com um alfinete/águia na lapela oferecido pelo meu pai por ter passado para a 3ª classe. ganhámos 3-1 ao belém e é uma das mais ternas e felizes recordações de infância que ainda cá tenho a rodar nos neurónios. daí para cá muita água correu à volta do planeta e sempre senti nele essa condição de transumante (nem sei se esta existe, mas olha, fica aqui bem. digo eu). por isso, marvanense sim, mas não só.

ps2 e era p'ra não dizer nada...

ps3 e a foto com boné começa a já me parecer melhor. mas ainda acho que devias melhorar...