quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Vamos ver o que dá isto do “trapo nas fuças” obrigatório em espaços ao ar livre...


No Gráfico em baixo podemos observar o aumento semanal de casos de covid 19 desde o dia 14 de Setembro de 2020, data em que os ditos começaram a aumentar em relação à estabilidade verificada nos meses de Maio, Junho, Julho e Agosto.

Na última semana de 19 a 25 de Outubro podemos verificar que os casos (18 775) quadruplicaram face à semana de 14 a 20 de Setembro (4 594).

Em face de este aumento, que já era esperado por todos os epidemiologistas racionais, os nossos governantes que andaram a assobiar para o ar e a proclamar estratégias que agora apregoam ao contrário, e sem saberem o que fazer, vem agora com esta medida de decretar, a partir de 28/10 o uso obrigatório de máscaras (como lhes chamam) em espaços ao ar livre, sem que se conheça qualquer evidência ou estudo sério e credível sobre a sua eficácia.  

Convirá, portanto, que estejamos atentos aos seus resultados. É nesta perspectiva que apresento os dados relativos às ultimas 6 semanas. A partir de agora é só verificarmos os resultados e compararmos.

Eu, se a coisa for evidente, até “durmo” com o trapo, não vá o bicho atacar-me a dormir...


   Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/country/portugal/

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

SNS, SNS, SNS...

Na imagem que em baixo publicamos, podemos observar a evolução de casos positivos e mortes com covid19, entre Março e 21 de Outubro de 2020, em 3 países da Europa Ocidental: 

- Alemanha, Suécia e Portugal.

Não tendo em conta os números quantitativos, já que a população da Alemanha é muito superior às de Portugal e Suécia, mas concentrando-nos apenas nas “machas” dos gráficos, parece evidente que a mortalidade em Portugal é nitidamente superior à dos outros 2 países. E se compararmos com a França acontece o mesmo.

Disto resulta uma questão obvia. Já sabemos que o SNS não está a responder às necessidades de doenças não covid, daí, ser pertinente, a questão:

Com estes resultados comparativos, com outros sistemas de saúde, estará o SNS a responder com eficácia aos doentes covid? 


Imagem 1 - Evolução comparativa de casos positivos e mortes covid 19 (Março/Outubro 20220) em 3 países da Europa: Alemanha, Suécia e Portugal



             Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/#countries

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Siga a dança...

Aí tarzan!!!

Dos milhares de vacinas que administrei ao longo da minha carreira nunca pensei que era preciso desnudar da cintura para cima...


Chamem os GNR... 






domingo, 18 de outubro de 2020

Diário de uma pandemia:

 As forças da natureza e a evolução natural da doença...

Quero eu e a natureza, que a natureza sou eu, e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu... (António Gedeão).

Nos tempos em que fui estudante de enfermagem, uma das primeiras coisas que nos tentavam ensinar, nas aulas de Patologia, era a “história natural das doenças”, que se tornava, no caso das doenças infecciosas, sobretudo as respiratórias, de estrema importância, pela sua dificuldade de as controlar. Já que, respirar, é uma função indispensável de todos os seres vivos.

Vem isto a propósito da dificuldade que tenho em perceber, e também ninguém apresenta explicações convincentes, sobre o que se estará a passar nesta “2ª vaga” da famigerada covid 19, a sua progressão desenfreada a partir da 2ª quinzena de Setembro, num clima de verão que nos tem acompanhado (esperava isto lá para Novembro ou Dezembro) e em que as mudanças dos comportamentos sociais (abertura de escolas, regresso ao trabalho, transportes superlotados, festas e festanças, etc.), em relação aos meses de Junho, Julho e Agosto não hão-de ter mudado assim tanto na sociedade portuguesa, para que sejam apontados como as grandes causas para o aumento de casos.

Todos nós já ouvimos falar, nas “2ª vagas” das pandemias por vírus respiratórios que nos precederam, sobretudo das últimas quer a de 1917 (gripe espanhola), quer na de 1957 (gripe asiática). Nelas também existiram as “2ª vagas” e quase sempre com maiores consequências que as primeiras e, as quais, com os meios das épocas, não foi possível também parar.

Talvez seja o momento de aceitar a “história natural da doença covid 19”, e não perdermos demasiado tempo com a estratégia de a podemos parar ou mesmo vencer "à bruta", convencidos que somos os únicos seres "inteligentes". Os vírus também têm as sua "espertezas" e lutas de sobrevivência. 

Em minha opinião, as estratégias deveriam todas virar-se para: se a não conseguimos parar «como podemos minimizar os seus efeitos no contexto em que vivemos e com os recursos que temos actualmente», sobretudo naqueles que são os mais vulneráveis: os idosos institucionalizados em Lares, que representam  40% do total de mortos (cerca de 900 mortes num total de 2 162), e certamente uma grade percentagem dos hospitalizados em internamentos e cuidados intensivos. 

Querer travar uma "guerra total", sem quartel, com estes manhosos, sem olhar a consequências "à amaricana", ainda nos arriscamos a levar no focinho.

... as forças da natureza nunca ninguém as venceu, como nos disse o poeta!  

                 Fonte: https://www.worldometers.info/coronavirus/country/portugal/

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Diário de uma pandemia:

Talvez coisas mais importantes que mascaradices e app`s

“... acima de tudo há um principio em estatística em saúde de causa e efeito proporcional. Tudo se rege pelo principio de quanto mais intensa a causa/acção mais intenso o resultado”.

 (Dr. André Dias (convirá trata-lo assim, se não, em Portugal, ainda pensam que é um analfabeto).


Convém esclarecer, para os detratores da estatística que o seu uso não é a última coca-cola do deserto, nem a ciência das verdades absolutas. As estatísticas têm de ser enquadradas e analisadas de acordo com o contexto a que se referem. São apenas uma das ferramentas, nunca a única, a usar por aqueles que têm que tomar decisões. Estóreas infantis como a do “frango e/o meio frango”, só servem para embalar gambuzinos.

 Vamos lá então a mais algumas: causas e possíveis efeitos:

 

Causas (factos)

Continua a agravar-se a quebra generalizada nos indicadores de atividade do SNS em termos acumulados face a igual período de 2019:

 - cirurgias | jan.-ago. | -23%

 - episódios de ambulatório e internamento | jan.-ago. | -50%

 - urgências (atendimentos) | jan.-ago. | -27%

 - consultas médicas | jan.-ago.. | -9%

 - vacinas | jan.-set. | -8%

 - % inscritos em listas de espera para cirurgia dentro do tempo máximo de resposta garantido | jun. | 72% (-11%)

 

Possíveis consequências:

 Um excesso de mortalidade nunca observado



Fonte: https://noscornosdacovid.blogspot.com/2020/10/do-crime-em-andamento.html

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Diário de uma pandemia

Andaremos a fazer o melhor para minimizar os efeitos da Covid?

Em primeiro lugar, peço desculpa à dona Graça Freitas por mais um artigo que, possivelmente, classificará de "antipatriótico". Mas há coisas que têm de ser divulgadas e questionadas, e os dados que hoje apresento, que classifico como o resultado do que temos andado a fazer desde o início da pandemia e, sobretudo, nos últimos 4 meses. 

No Quadro que apresento em baixo, as mortes/milhão de habitantes ocorridas nos 3 últimos meses com covid, penso representarem os resultados mais significativos sobre a eficácia das estratégias de prevenção e os cuidados de saúde prestados aos que têm sido atingidos pela doença, nos países da Europa Ocidental.

A razão porque me foco nos dados referentes aos últimos 3 meses, é porque considero que nos primeiros 3 meses (Março-Junho) fomos apanhados pela novidade e pela surpresa de uma doença pandémica, que há muito não afetava a Europa. Mas passado esse período, deveríamos ter-nos preparado para algo que se sabia que iria acontecer no outono/inverno. 

Tivemos uma primavera e um verão (6 meses) para nos preparar, mas os resultados que agora começamos a conhecer mostram que, possivelmente, não o fizemos e, previsivelmente, as consequências serão catastróficas.

O que estes dados nos mostram, são resultados muito díspares nos países da Europa Ocidental. No Quadro em baixo, podemos verificar, que, Portugal, é o 2º país onde, nos últimos 3 meses, mais se morre com covid/milhão de habitantes (43 mortes/milhão), só ultrapassado pela “louca” Espanha.

Para estes números, não tenhamos dúvidas, contribuem decisivamente, nos países mais afetados, a fraca proteção social prestada aos mais vulneráveis, os idosos dos lares; e as deficientes condições de recursos para a prestação de cuidados hospitalares, nomeadamente nos cuidados intensivos. Deixem-se de tretas, não são as testagens massificadas, não são as "mascarilhas" em espaços abertos, não são o fecho das escolas, nem os confinamentos que alguns não se fartam de apregoar, nem fecho de fronteiras e etc..

Se não como se pode explicar, para além das ligeiras diferenças populacionais, tão dispare  variedade de resultados? 


 

Da análise destes dados não posso deixar de fazer algumas perguntas "antipatrióticas" à Doutora Graça Freitas e à Ministra Marta Temido:

Bem sei que elas não sabem, porque elas mesmas o disseram, porque morreram, na mortalidade geral, mais 7 000 portugueses do que o esperado (sem ser com covid) entre Março e Setembro.

Mas isto..., elas devem saber:

Porque morreram em Portugal com Covid entre Julho e Outubro 43 pessoas/milhão de habitantes, quando:

- Na Alemanha apenas morreram 7; 

- Na Suíça 14; 

- Na Irlanda 16; 

- No Reino Unido 26; 

- Na Holanda 25;

... e nos cemitérios da Europa (assim eram denominados em Março e Abril):

- Itália 21; 

- Bélgica 33?

 - E na "famigerada" Suécia, dos “mata velhinhos”, apenas 40? E isto é porque estamos a incluir dados de Julho e Agosto, onde ocorreram muitos óbitos. Quando for da próxima avaliação, não me admiraria que os dados fossem idênticos aos da Alemanha ou Dinamarca. Já que, entre 1 e 10 de Outubro, apenas morreram 14 pessoas (10 dias), o equivalente ao que estão a morrer em Portugal por dia.

 

Por fim convirá fazer 3 perguntas ao sábio António Costa:

- Quantos dos cerca de 1 500 ventiladores adquiridos desde Março estão a funcionar em pleno?

- Quantas pessoas desempregadas do Turismo foram integradas nas equipas dos lares?

- Para que serve a aplicação StayAway Covid? E porque não funcionou no conselho de ministros e no conselho de estado?


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Diário de uma pandemia

 Ora aqui está um resumo muito simples do que eu penso da pandemia e do que se sabe até ao momento.


"As actuais políticas de confinamento estão a produzir efeitos devastadores na saúde pública a curto e longo prazo. Os resultados (para citar alguns) incluem taxas mais baixas de vacinação infantil, agravamento dos prognósticos das doenças cardiovasculares, menos exames oncológicos e deterioração da saúde mental – levando a um maior excesso de mortalidade nos próximos anos, com a classe trabalhadora e os membros mais jovens da sociedade a carregar um fardo mais pesado. Manter os alunos fora da escola é uma grave injustiça.
Manter estas medidas em vigor até que uma vacina esteja disponível causará danos irreparáveis, com os mais desfavorecidos a serem desproporcionadamente prejudicados.
Felizmente, a nossa compreensão do vírus está a crescer. Sabemos que a vulnerabilidade à morte da COVID-19 é mil vezes maior nos idosos e doentes do que nos jovens. De facto, para as crianças, a COVID-19 é menos perigosa do que muitos outras doenças, incluindo a gripe.
À medida que a imunidade se desenvolve na população, o risco de infecção para todos – incluindo os vulneráveis – diminui. Sabemos que todas as populações acabarão por atingir a imunidade de grupo – ou seja, o ponto em que a taxa de novas infecções é estável – e que isto pode ser assistido por (mas não depende de) uma vacina. O nosso objectivo deve ser, portanto, minimizar a mortalidade e os danos sociais até atingirmos a imunidade de grupo.
Uma abordagem mais compassiva que equilibra os riscos e benefícios de alcançar a imunidade de grupo, é permitir que aqueles que estão em risco mínimo de morte vivam normalmente a sua vida para construir imunidade ao vírus através da infecção natural, ao mesmo tempo que protege melhor aqueles que estão em maior risco. Chamamos a isto Protecção Focalizada.
A adopção de medidas para proteger os vulneráveis deve ser o objectivo central das respostas de saúde pública à COVID-19. A título de exemplo, os lares devem utilizar pessoal com imunidade adquirida e realizar testes PCR frequentes a outro pessoal e a todos os visitantes. A rotação do pessoal deve ser minimizada. Os reformados que vivem em casa devem mandar entregar alimentos e outros bens essenciais ao seu domicílio. Quando possível, devem encontrar-se com membros da família no exterior e não no interior. Uma lista abrangente e detalhada de medidas, incluindo abordagens a famílias de várias gerações, pode ser implementada, e está bem dentro do âmbito e da capacidade dos profissionais de saúde pública.
Aqueles que não são vulneráveis devem ser imediatamente autorizados a retomar a vida normal. Medidas simples de higiene, tais como a lavagem das mãos e a permanência em casa quando estão doentes devem ser praticadas por todos para reduzir o limiar de imunidade de grupo. As escolas e universidades devem estar abertas ao ensino presencial. As actividades extracurriculares, como o desporto, devem ser retomadas. Os jovens adultos de baixo risco devem trabalhar normalmente, e não a partir de casa. Restaurantes e outras empresas devem ser abertos. As artes, música, desporto e outras actividades culturais devem ser retomadas. As pessoas que estão mais em risco podem participar se o desejarem, enquanto a sociedade como um todo goza da protecção conferida aos vulneráveis por aqueles que acumularam imunidade de grupo."
Retirado de aqui:

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Por mim, enquanto cidadão e marvanense, obrigado ao trabalho do Dr. Vítor Caldeira.



Mas o que eu gostava de saber era qual é a posição do Partido Socialista de Marvão, que aqui faz comunicados por tudo e por nada, qual é a sua posição sobre a não recondução de Vítor Caldeira no Tribunal de Contas (talvez o marvanense que mais altos cargos desempenhou em Portugal e na Europa), afastado pelo “ditador golpista” sr. costa.

E esta tomada de posição é dirigida pessoalmente a Tiago Pereira (agora vice de qualquer coisa na estrutura distrital socialista), Jaime Miranda (presidente da concelhia marvanense do PS) e os deputados Luís Testa e Ricardo Pinheiro.

A comunicação do sr. costa a Vitor Caldeira, por telefone, sobre a sua não recondução é, simplesmente, vergonhosa e diz bem da personalidade de quem nos governa.

Lembremos aqui que, Vítor Caldeira, antes de ser Presidente do Tribunal de Contas português, foi Presidente do Tribunal de Contas Europeu por 3 mandatos, algo que nunca tinha acontecido com qualquer dos seus antecessores. Portanto, incompetência, não será!

Então porque será?