Para ver com uma lágrima ao canto do olho. Sobretudo porque é entrudo, e eu não sinto grandes razões para foliar...
"Se às vezes numa rua no lugar eu penso que um dia hei-de
morrer, sei que tudo o que tenho vou deixar, aqui onde hoje estou, deixo de
estar, e, tudo quanto sou deixo de ser...
Medo da morte não
consigo ter, mas outros, mais humanos e banais medos que a gente tem, mesmo sem
querer, como o medo, que eu tenho de morrer...
Só por querer viver
um pouco mais, se consigo a meu modo estar no céu, mesmo vivendo neste chão de
inverno. Se apenas sou árvore que cresceu no espaço e no tempo que é o meu, para
que havia eu de ser eterno!
Mas como as minhas cinzas vão ficando debaixo de uma pedra
de jardim, meu amor tu sabes onde me encontrar e, uma flor sobre a pedra vais
deixar, de cada vez que lembrares de mim..."
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